Num dia cinzento e com vento
tendendo ao sombrio e soturno
frio como o solstício de inverno
a vida quase um deserto de gelo.
Dia monocromático
passa automático
como um autômato
levanto sem ânimo.
Olho pela janela, o branco,
é o que vejo!
Camadas de neve cobrindo
as cores do mundo.
Penso em como tudo era cor,
calor, sabor, odor, tato e amor!
Saudades da distante Primavera,
que tenho fé, um dia retornará!
Parece que o tempo parou
ou que outrora foi só sonho!
Um lindo desejo coletivo,
que o inconsciente gravou!
A esperança é mais ou menos assim!
Contrarrestada pela razão azeda,
dos fatos irritantes, que afirmam sim:
a nevasca não vai passar agora!
É quase uma ilusão necessária
pra suportar a borrasca que não para!
Pancada em cima de pancada,
nessa gente tão, tão sofrida!
Suportar o insuportável
esperando dias novos,
dias melhores, dias solares,
que façam enfim o degelo!
Oh razão intragável,
tenha dó desse povo,
dê espaço para flores,
nos dê um descanso!
Marco Cruzeiro
tendendo ao sombrio e soturno
frio como o solstício de inverno
a vida quase um deserto de gelo.
Dia monocromático
passa automático
como um autômato
levanto sem ânimo.
Olho pela janela, o branco,
é o que vejo!
Camadas de neve cobrindo
as cores do mundo.
Penso em como tudo era cor,
calor, sabor, odor, tato e amor!
Saudades da distante Primavera,
que tenho fé, um dia retornará!
Parece que o tempo parou
ou que outrora foi só sonho!
Um lindo desejo coletivo,
que o inconsciente gravou!
A esperança é mais ou menos assim!
Contrarrestada pela razão azeda,
dos fatos irritantes, que afirmam sim:
a nevasca não vai passar agora!
É quase uma ilusão necessária
pra suportar a borrasca que não para!
Pancada em cima de pancada,
nessa gente tão, tão sofrida!
Suportar o insuportável
esperando dias novos,
dias melhores, dias solares,
que façam enfim o degelo!
Oh razão intragável,
tenha dó desse povo,
dê espaço para flores,
nos dê um descanso!
Marco Cruzeiro
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