sexta-feira, 7 de abril de 2017

Ciranda do Universo

No tempo, antes do tempo presente,
quando tudo não passava de semente,
grão repleto de potencialidades
o tempo já se fazia, ali, presente.

Antes da criação, ato de amor,
explosão e expansão de cor,
um universo antes do presente,
um outro universo decadente.

Um universo em entropia
onde o tempo já se fazia
em contagem regressiva,
que o novo início prenuncia.

A ciranda do universo não para!
A vida cria vida nova, que se renova!
Do início ao  fim e ao recomeço,
na reciclagem e no progresso! 

Gira a roda dos mundos a se mover
Gira a roda eterna da vida:
Nascer, crescer, fenecer e morrer...
reciclar, reelaborar sem cessar.

Num continuum que nunca se esgota
Antoine Laurent de Lavoisier ensinava:
“na natureza nada se perde, nada se cria,
tudo se transforma” matéria ( e energia)!

A flor que nasceu, cresceu e feneceu
deixou as sementes da flor que se aproxima!
Assim a Grande Mãe Cósmica teceu
sua teia que a tudo e a todos liga e religa!

Tudo que é provisório
ao mesmo tempo é infinito
ciranda linda do universo
cantada em prosa e verso.

A sua luz brilha, também, em mim
assim como brilha, também, em ti
meu destino é também teu destino!
o velho, não é melhor, que o menino.

E o menino não é melhor que a pedra,
e a pedra não é melhor que a lua cheia.
E a lua cheia não é melhor que a lagoa,
e esta não é melhor que qualquer pessoa!

Somos todos irmãos na criação!
Oriundos da mesma explosão!
Precedida pela mesma implosão!
Dividimos destino e coração!

Que as nossas memórias
fortaleçam nossos laços!
Somos da mesma família,
vamos dar todos os braços,
vamos todos cirandar
a ciranda do universo! 

Marco Antonio da Silva Cruzeiro














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