quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Medo

O que alimenta o fascismo? O ódio produzido com os medos das pessoas! Fascistas alimentam os medos com discursos irracionais de ódio! O diferente é eleito bode expiatório! Hoje você não está na alça de mira! Quem te garante que não estará amanhã?
O medo se difunde como uma enxurrada e você esquece que só o amor constrói. Que a paz, o amor é a solidariedade são o cimento da civilização! Que o ódio é o cimento da barbárie e da violência! O fascismo é um retrocesso civilizatório assim como um retrocesso espiritual. Não estou falando de igrejas, mas da religião (que nada mais é que a religação do homem com o sagrado). Não falo de igrejas específicas,  mas do amor, da empatia e da solidariedade que são valores centrais para a religação com o sagrado. Me assusta que auto-intitulados cristãos esqueçam dos valores do novo testamento que é um libelo do AMOR. Um livro que difunde o amor, a tolerância, a empatia e a solidariedade.
Jesus andava com os miseráveis, os doentes, os injustiçados e pregava um mundo de AMOR! Amor é peça central em qualquer religião e que as ações dos homens serão julgadas com o bem ou o mal que produziram.
Em termos civilizatórios impedir minorias de se manifestarem é um retrocesso aos tempos mais tenebrosos e obscurantistas da nossa passagem pela Terra. Criminalizar a pobreza ao invés de propagar políticas sociais compensatórias e que façam uma justa distribuição da riqueza socialmente produzida, não diminui a violência pelo contrário. Combater pobres como fosse todos marginais e vagabundos não resolverá a violência e nem o empobrecimento das camadas médias da população.
Todos falam em crise da economia como se fosse causada pela "politica corrupta" do PT, mas seria bom traduzir está crise numa linguagem simples e afirmar que o PT não criou a corrupção produzida pelas classes dominantes desde o Brasil colônia. Nunca vi crise para os banqueiros no Brasil. As suas taxas de lucros sucessivos durante todos estes anos foram geradas pelas exorbitantes taxas de juros praticadas no país, sem exceção nos últimos anos, basta pesquisar os lucros bancários ao longo da história. Muitos falam no excesso de tributos no país, mas ninguém fala que todos são repassados pelos empresários aos preços dos produtos e que os verdadeiros onerados são os mais pobres, quem acaba pagando o pato da FIESP e da Febraban são os pobres e não os ricos. Proporcionalmente pagam mais impostos que os ricos.
A pseudo crise da economia é na verdade a crise insolúvel e cíclica do capitalismo. E o seu produto é uma concentração de riqueza socialmente produzida nas mãos do capital financeiro.
Isso é justiça social? Não! Mas os defensores do medo difundem ideias falsas para continuar defendendo a desigualdade social e o seu quinhão nesta injusta distribuição da riqueza.
Votar no 13 hoje é votar  no progresso social, moral e espiritual de nossa sociedade. Você pode até não concordar com todas as suas ideias, mas se tem amor no coração  e se crê na solidariedade e no avanço para patamares mais elevados de sociabilidade e espiritualidade, com certeza você tem mais em comum com as propostas de Haddad: de solidariedade e distribuição mais equitativa da riqueza socialmente produzida, o fim do combate aos pobres; do que com as ideias de ódio difundidas pelos fascistas de ontem, hoje  e amanhã.
Para exemplificar: é justo um aposentado que foi trabalhador assalariado pagar a mesma alíquota de imposto que um banqueiro podre de rico? Isso se traduz com a manutenção da ordem vigente no país onde de fato quem engorda o pato da FIESP e da Febraban são os pobres, enquanto fascistas difundem o medo para a manutenção do Status Quo!
Pense e vença o medo!

Marco Antonio da Silva Cruzeiro